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Uma mulher quer paz. Uma mulher quer ler mais, viajar mais, conhecer mais. Uma mulher quer flores. Quer beijos. Quer se sentir viva. (Martha Medeiros).

NÃO É PORQUE SOU MÃE QUE EU DEIXEI DE SER MULHER!
Sem sombra de dúvidas, a maternidade é um dos eventos mais importantes na vida da mulher, no meu caso em particular considero ‘O’ mais importante. Ao trazermos um filho ao mundo, abandonamos parte dos cuidados que antes dispensávamos a nós mesmos e transferimos todo o foco da nossa atenção para o(s) filho(s) e esta mudança de foco é justificável uma vez que o bebê realmente necessita de toda atenção da mãe.

Mergulhadas no assustador, porém magnífico, trabalho de ser mãe muitas mulheres acabam esquecendo-se de si próprias e tendo dificuldades de retomar a preocupação consigo mesmas. Para elas, a maternidade torna-se o fato mais importante da vida e, por consequência, deixam de investir nos cuidados com o corpo, com a alimentação e a saúde, entre outros.
Como mãe de gêmeas, tenho doutorado neste assunto, eu comia porque era necessário para manutenção do leite materno, a higiene pessoal como escovar dentes, pentear cabelos e tomar banho era condicionada às demandas das meninas, ou seja, a maioria das vezes fazia tudo ao mesmo tempo, por volta da 01h da manhã e o sono, bem... aboli esta palavra do dicionário por pelo menos 3 anos após o nascimento delas e agora, após 6 anos, faço uso em doses homeopáticas. (Futuras mamães isso não é pra assustar, garanto que eu passaria tudo de novo pra ter Maria Dudu e Lelê Sofia ao meu lado, sabe aquele velho clichê sobre “Padecer no Paraíso”? no meu caso é verídico).

Embora a maternidade realmente exija muito de nós, mulheres, este não deve ser um pretexto para que nos esqueçamos de nós próprias eternamente. É preciso estar atenta para o fim daquele período (acreditem ele passa) em que realmente não temos tempo pra nada nem pra ninguém além do bebê (ou bebês) e o início da fase em que é possível retomar, mesmo que aos poucos, a própria vida, após os períodos iniciais da vida do filho é importante que a mãe possa voltar a investir em si mesma e se enxergar como mulher.
Cada mulher tem uma fase própria, até porque cada filho tem uma demanda particular, não existe um tempo certo para fazer a ‘passagem’, não é porque a vizinha saiu da maternidade turbinada ou porque a cunhada levou sete anos para libertar a mulher que morava dentro de si e foi sucumbida pelas funções maternas que eu preciso definir para mim o tempo delas.
O importante é estarmos atentas para o dia, aquele dia, em que o banho poderá durar 5 minutos mais, os dentes poderão ser ‘todos’ escovados e o sono (ahh o sono) vai poder transcorrer sem ser interrompido, mesmo que não seja todas as noites. Atenta a estes sinais a mãe vai saber exatamente o momento de libertar a mulher, evitando assim sofrer com a queda da autoestima e fazendo com que se sinta mais satisfeita consigo mesma, o que trará reflexos positivos no relacionamento com seu bebê e com todos a sua volta.
Há quem diga que demorei neste ‘processo de retorno’, mas hoje escrevendo este texto e olhando para o passado afirmo que ‘voltei’ no tempo certo. Tendo em vista a falta de experiência aliada à chegada de gêmeas, digo que fiquei descabelada e sem dormir o período justo e necessário para que a mulher vaidosa e graciosa que habita dentro de mim voltasse a tempo de conviver harmoniosamente com a mãe atenta e dedicada que me esforço pra ser.
Saber recuperar o ‘investimento em si mesma’, após um período de dedicação exclusiva ao bebê é fundamental para que a mulher possa viver de maneira equilibrada, dedicando-se a felicidade de seu filho e também a sua.

Não quero iludir ninguém, por isso digo que nós às vezes (quase sempre) estaremos muito cansadas, estaremos correndo contra o tempo, fazendo várias coisas simultaneamente, dormindo pouco ou nada, nossos ouvidos raramente serão contemplados com o silêncio, por vezes tão almejado e nem sempre conseguiremos ser a mãe que desejamos ou que acreditamos que eles precisam e merecem ter, teremos momentos de dúvidas, de questionamentos quanto ao nosso desempenho como mães e educadoras e instantes de desânimo e de desilusão. Por isso se torna muito importante termos momentos só nossos, estarmos bem e felizes como indivíduos, como pessoas comuns que somos, para então estarmos bem como mães. E isso vai desde fazer as unhas, ler um livro, assistir
um filme, encontrar uma amiga (ou um amigo), até necessidades mais básicas, como fazer uma refeição decente e dormir.
Quando nos tornamos mães, salvo exceções, nos dedicamos cem por cento à maternidade, renunciamos, abrimos mão de algumas necessidades em prol dos filhos, mas, Sempre que deixamos de ficar com eles para fazer qualquer outra coisa e sentimos que não estamos sendo boas mães ou que estamos desperdiçando nosso tempo, isso não é bom, nem para nós, nem para eles.
Este final de semana foi a primeira vez que Maria Dudu e Lelê Sofia dormiram fora de casa, sem mim e sem nossa prima que cuida delas e o orgulho com que contam isso e descrevem a experiência demonstra que eles, nossos filhos, também têm necessidade de experimentar o mundo sem nossos braços protetores (pra não dizer sufocadores) em torno deles o tempo todo, também precisam de um tempo pra si, isso tem a ver com diminuir as expectativas sobre nós mesmas, porque precisamos ter esse tempo de vez em quando – mesmo que seja bem de vez em quando, para olhar somente pra nós mesmas, ouvir música ou assistir à NETFLIX.
Precisamos aprender a delegar, a confiar que nossos filhos ficarão bem sem nós por alguns momentos, que sairão ilesos depois de algumas horas só com o pai, com os avós ou com alguém de confiança.
Precisamos estar felizes para sermos mães melhores, afinal ninguém consegue dar o que não tem.
